Programa de promoção da equidade em empresas é ampliado

O programa visa capacitar as empresas e convidá-las a assumir compromissos públicos pela equidade
Foto | Freepik

Rede Brasil do Pacto Global da ONU anunciou, recentemente, a ampliação do programa Equidade é Prioridade. A iniciativa, realizada em parceria com o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), passa a promover, além da equidade de gênero, a étnico racial na edição de 2021.

Apesar de representarem 56% da população brasileira, as pessoas negras ocupam apenas 4,7% dos cargos de liderança entre as 500 maiores empresas do país. A persistência dessa distorção motivou o Pacto Global e o CEERT a promoverem uma nova edição do Equidade é Prioridade, na busca por mudar o cenário de exclusão por meio do investimento em ações afirmativas.

O programa começou em 2020 e visa capacitar as empresas e convidá-las a assumir compromissos públicos pela equidade, com foco em mulheres e em pessoas negras em cargos de liderança. O movimento é global e acontece atualmente em 40 países, mas a versão focada em metas étnico-raciais é inédita e ainda exclusiva do Brasil.

O Equidade é Prioridade convida as empresas a se comprometerem com metas por meio de um programa de capacitação e mentoria de 10 meses de duração. Ao participar, as organizações se submetem ao Censo da Diversidade, que identifica as principais lacunas de diversidade da empresa e, com base nesse mapeamento, um plano de ação é criado.

Primeira fase

A nova fase da iniciativa só foi possível devido ao sucesso do Equidade é Prioridade Gênero, que começou no ano passado e foi concluído em março de 2021. Quinze empresas participaram do programa de capacitação, enquanto outras 24 assumiram o compromisso com metas de 30% de mulheres em alta liderança até 2025 ou 50% até 2030.

São elas: Uber, Pespsico, BRF, Special Dog, Malta Advogados, PWC, BRK Ambiental, Braskem, Schneider Eletric, Movida, Machado Meyer Advogados, Editora Brasileira, Mosaic Fertilizantes, VLI, Talenses Group, Grupo Boticário, Stocche Forbes Advogados, Inoar, Furnas, Fundação Dom Cabral, Blend Edu, Eletrobras, Falconi e SAP.

“Sabemos que ainda falta muito, mas a primeira turma de capacitação do Equidade é Prioridade para mulheres em alta liderança nos mostrou um caminho importante. O setor privado brasileiro está cada vez mais maduro quanto à diversidade, mas necessita aumentar e acelerar. É importante ampliarmos os compromissos públicos sobre equidade. Identificamos também que as empresas precisam dar mais oportunidades para pessoas negras em cargos de liderança e se comprometerem com elas. Só assim vamos produzir o impacto que desejamos na sociedade”, afirmou Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU.

(Via ONU News)

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