Em carta aberta, funcionários pedem que Google zere emissões de poluentes

Mais de mil funcionários do Google assinaram recentemente uma carta aberta onde pedem que a empresa implemente um plano climático para toda a companhia. Os trabalhadores exigem uma estratégia que tenha quatro elementos.

O primeiro deles é que o Google zere suas emissões de poluentes até 2030. Nesse sentido, a gigante da tecnologia compra créditos de carbono há anos e recentemente anunciou um investimento de R$ 8 bilhões em energia renovável.

O segundo item da carta exige que a empresa não faça contratos que permitam ou acelerem a extração de combustível fóssil. Recentemente foi apontado que o Google fornece serviços de automação e inteligência artificial para algumas das maiores empresas de petróleo.

Os funcionários também pedem que a empresa pare de financiar grupos de reflexão, lobistas e políticos que neguem as mudanças climáticas. O The Guardian divulgou um relatório no mês de outubro que detalhava grandes contribuições do Google para organizações como o Instituto de Empresas Competitivas, que contribuiu para que os Estado Unidos se retirassem do Acordo de Paris.

Por fim, a última exigência da carta é que a companhia não colabore com entidades que permitam o encarceramento, vigilância, deslocamento ou opressão de refugiados. Em abril, funcionários da Amazon publicaram uma carta aberta com exigências semelhantes.

Apple, Facebook, Google e Tesla

A polêmica decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre políticas a respeito de mudanças climáticas fez até mesmo com que o principal nome da Apple criticasse a medida. Em um e-mail enviado para os funcionários da companhia, Tim Cook lamentou a saída.

“Eu sei que muitos de vocês compartilham da minha decepção pela decisão da Casa Branca de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. (…) As mudanças climáticas são reais e eu quero que todos saibam que temos responsabilidade de lutar contra elas”, escreveu Cook em e-mail obtido pelo MacRumors.

O executivo revelou que tentou impedir que o presidente americano tomasse a decisão através de uma ligação telefônica realizada na terça-feira, dois dias antes do anúncio oficial. Cook também se manifestou pelas redes sociais. Conforme publicado em sua conta no Twitter, a decisão foi “errada com o planeta”.

Outros nomes importantes da indústria também desaprovaram a ordem presidencial. Mark Zuckerberg, do Facebook, declarou que a medida “coloca o futuro de nossos filhos em risco”, enquanto que os CEOs do Google e da Tesla, Sundai Pichai e Elon Musk, se disseram desapontados.

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