Conheça a primeira telha fotovoltaica do País aprovada pelo Inmetro

Eternit solar é apresentada nesta semana em São Paulo/Foto: Divulgação

A Eternit apresenta nesta semana a primeira telha fotovoltaica com tecnologia desenvolvida no Brasil e aprovada pelo Inmetro, que capta energia solar para a produção de energia elétrica. A novidade, chamada de Eternit Solar, será revelada pela primeira vez ao público durante a Intersolar South América, a maior feira da América Latina voltada à área de energia solar, realizada entre 27 e 29 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Ao acompanhar as tendências mundiais de lançamentos de produtos aliados à tecnologia e à sustentabilidade, a empresa, fundada há quase 80 anos, investiu em sua área interna de inovação para projetar e desenvolver o modelo inédito no País. A marca Eternit Solar também dará nome à empresa que está sendo aberta pelo Grupo Eternit para produzir e futuramente comercializar as linhas fotovoltaicas.

“Estamos desenvolvendo o processo industrial para fabricação em larga escala desta que é a primeira geração de telhas fotovoltaicas a passar nos testes de certificação do Inmetro, o que representa um momento importante para a companhia. Trabalhamos nesse projeto ao longo de um ano e agora estamos apresentando ao mercado de construção civil o primeiro modelo aprovado feito em concreto, com várias opções de cores e de acabamentos, e células fotovoltaicas integradas no material. Temos também outra linha, essa em fase final de desenvolvimento para futura homologação, utilizando telhas de fibrocimento. Em breve, os produtos estarão disponíveis para os consumidores”, explica Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.

O responsável pela área de Desenvolvimento de Novos Negócios, Luiz Antonio Lopes, observa que as células e os inversores já são componentes disponíveis no mercado e que o ineditismo do produto é a aplicação do conjunto de células fotovoltaicas de silício diretamente no cimento, o que exigiu diversos testes e pesquisas. “O que existe hoje em larga escala são placas fotovoltaicas cujos modelos precisam ser instalados em cima dos telhados. A nova telha fotovoltaica tem enorme potencial para se tornar um dos grandes negócios do Grupo Eternit por ser um produto disruptivo, de alto valor agregado, de fácil instalação, seguro e mais barato do que as soluções atuais. Além disso, capaz de gerar a energia elétrica necessária para residências e outros locais comerciais e industriais de maneira competitiva em performance e eficiência, a partir de um modelo esteticamente avançado”, diz.

Economia na instalação e na conta de luz

Cada telha da Eternit Solar produz 9,16 watts e tem dimensão de 365 x 475 mm. A capacidade de produção média mensal de uma única telha é de 1,15 Kilowatts hora por mês (kwh/mês). Segundo o diretor Comercial do Grupo Eternit, Rodrigo Inácio, a estimativa é que essa tecnologia seja vantajosa para o consumidor ao permitir entre 10% e 20% de economia no valor total da compra e da instalação das telhas fotovoltaicas, em relação aos painéis solares montados em cima de telhados comuns. O retorno sobre o investimento ocorre dentro de um período relativamente curto, de 3 a 5 anos, a depender do sistema.

De acordo com a Eternit, o número de telhas fotovoltaicas necessário para uma residência vai depender da quantidade de energia que se deseja produzir, da localização do imóvel, inclinação e orientação com relação ao sol, entre outros fatores. Uma residência pequena pode ter em torno de 100 a 150 telhas fotovoltaicas de concreto. Casas de médio e alto padrão, de 300 a 600 unidades ou mais. O restante do telhado é feito com telhas comuns, complementadas com acabamentos como cumeeiras, laterais, espigão do mesmo modelo, com mesmo material e encaixes perfeitos, garantindo a melhor estética do telhado.

“A Eternit entende que, ao integrar a geração fotovoltaica a suas telhas, alia inovação e sustentabilidade em um novo produto, e dá um passo importante em um mercado de consumo cada vez mais consciente. O potencial de mercado se traduz nos números”, afirma o diretor Comercial Rodrigo Inácio, referindo-se aos dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com a Aneel, em 2018, foram instalados em domicílios brasileiros e conectados à rede 35 mil sistemas fotovoltaicos. Nesse ano, o número já chegou a 32 mil apenas no primeiro semestre. Segundo a Absolar, o segmento de energia solar está em plena expansão em todo o mundo e é uma das matrizes energéticas que mais recebe investimentos no Brasil – cerca de R$ 9 bilhões em 2018.

Produção e comercialização

Nessa fase de pré-lançamento, a Eternit negocia com potenciais parceiros, clientes, investidores e distribuidores. As primeiras telhas fotovoltaicas, fabricadas na unidade da empresa em Atibaia-SP, serão disponibilizadas nos próximos meses para instalação de projetos-piloto com clientes selecionados. Posteriormente, a escala de produção será ampliada para que o produto seja comercializado em todo o País.

A Eternit Solar pode ser conhecida no estande J155 da feira Intersolar South América. Os modelos em concreto têm duas opções de acabamento e cinco cores: cinza grafite, cinza pérola, marfim palha, bege colonial e vermelha. O primeiro modelo em fibrocimento também é apresentado no evento.

“Escolhemos a telha de concreto como produto inicial por questões técnicas. Em paralelo, estamos na fase final de desenvolvimento da versão fotovoltaica do produto tradicional da Eternit, a telha de fibrocimento. Por ser o tipo de telha de maior utilização nos domicílios do País e com o custo mais acessível, poderemos oferecer a possibilidade de adesão à energia solar a uma grande parcela da população brasileira, popularizando esse acesso”, explica o presidente do Grupo Eternit, Luís Augusto Barbosa.

Segundo ele, outra vantagem é para o consumidor que já possui o telhado com o produto Eternit. A telha solar será intercambiável com a telha tradicional da marca, podendo ser substituída nos pontos necessários sem precisar mudar a estrutura inteira da cobertura. “Feito isso, a ligação elétrica e a conexão com a rede de transmissão seguem os mesmos padrões e exigências dos sistemas tradicionais de placas fotovoltaicas”, projeta.

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