Academia Amazônia Ensina é selecionada por programa que qualifica negócios no bioma

Academia Amazônia Ensina é selecionada por programa nacional quequalifica negócios que atuam na Amazônia e se prepara para expandir internacionalização das atividades/Foto: Maria Eugenia Tezza
Academia Amazônia Ensina é selecionada por programa nacional que
qualifica negócios que atuam na Amazônia e se prepara para expandir a
internacionalização das atividades/Foto: Maria Eugenia Tezza

Por Claudia Guadagnin

A Academia Amazônia Ensina (ACAE), idealizada em 2018 com a proposta de preparar estudantes e profissionais atuantes em áreas socioambientais para os desafios e as oportunidades sociais, econômicas e ecológicas do século 21, foi uma das sete startups amazonenses selecionadas – entre 127 empresas de todo o Brasil – para receber uma capacitação com o objetivo de aumentar a competitividade e o desempenho de negócios inovadores com operação na Amazônia.

O Programa Sinergia, da Fundação CERTI, selecionou 21 startups brasileiras para a edição de 2023. Desse total, 15 delas estão sediadas na Amazônia Legal e sete no Amazonas. A Fundação CERTI é uma organização de pesquisa, desenvolvimento e serviços tecnológicos especializados, independente e sem fins lucrativos, que proporciona, desde 1984, soluções inovadoras para a iniciativa privada, governo e terceiro setor.

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A seleção incluiu startups de diversos setores, como cosméticos e alimentos naturais da Amazônia, educação, tecnologias de rastreabilidade, acessórios de moda com biomateriais e produção de móveis e artefatos de madeira.

Por ter sido uma das selecionadas, a Academia Amazônia Ensina passa a receber, de agosto até novembro deste ano, uma intensa capacitação, que inclui mentorias com especialistas e conexões com ecossistemas de negócios e inovação. O Programa Sinergia integra a Plataforma Jornada Amazônia, coordenada pela Fundação CERTI e pelo Instituto CERTI Amazônia, com coparticipação e investimentos de Bradesco, Fundo Vale, Itaú Unibanco e Santander.

Mais qualificação e expansão das atividades com público internacionais

Para Maria Eugênia Rocha Tezza, diretora-executiva da Academia Amazônia Ensina, a oportunidade representa uma chance real para um crescimento ainda mais exponencial da Academia. “Fizeram um diagnóstico com base na nossa apresentação e entenderam que estávamos preparados para receber essa capacitação, que, acreditamos, promete qualificar ainda mais nossos processos na busca que estamos fazendo pela expansão da internacionalização das atividades da ACAE”, projeta.

Até agora, a Academia Amazônia Ensina já promoveu oito expedições e levou mais de uma centena de pessoas para vivências na Amazônia. Desse total, cerca de 20% foram estrangeiros. Em fevereiro de 2020, um grupo de oito noruegueses conheceu mais sobre o Brasil e o território amazônico, em uma expedição que ocorreu entre os dias 6 e 11 daquele mês, a convite do IDESAM (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia). “Aquela expedição foi muito importante pra Academia, porque foi a convite de um parceiro de longa data, o IDESAM, que confiou em nosso trabalho e expertise”,
lembra Maria.

Em maio deste ano, foi a vez de 10 dinamarqueses viverem a experiência. Nos próximos dias, outros 12 estrangeiros de diversas nacionalidades estão prestes a fazer a expedição.

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Expedição Latin Experience

De 31 de agosto a 03 de setembro, com a Expedição Latin Experience, a ACAE vai receber um grupo de investidores e intermediadores de investimentos em bioeconomia e negócios de impacto para uma nova expedição. Os 12 integrantes vêm de países como Colômbia, México, Estados Unidos, Alemanha e Suíça.

Eles chegam à Manaus três dias depois de terem participado da Conferência Latinpacto, de 27 a 30 de agosto, no Rio de Janeiro, um evento cujo foco é a promoção do intercambio de informações e a apresentação de iniciativas que envolvem a bioeconomia, especialmente, para a América e o Caribe.

“Será uma visita rápida à capital amazonense e pelas RDS do Rio Negro e Poranga Conquista, com o objetivo de apresentar a eles atividades de empreendedorismo, ao mesmo tempo em que estarão vivenciando uma experiência contemporânea e interpretativa da região amazônica”, explica Maria.

Para a diretora, as expectativas para o momento são as melhores. “Estamos trabalhando há meses para a consolidação desse evento, seguros de que teremos uma bela jornada pela região amazônica. Temos observado um crescimento significativo pela região neste ano de 2023, não só pelas discussões geopolíticas, mas pelas emergências climáticas e as soluções inovadoras que envolvem a Amazônia. Fazer o papel de aproximar personagens tão importantes para a manutenção de uma bioeconomia saudável para o Brasil, além de continuarmos comprometidos com o nosso propósito de preparar as pessoas para os desafios econômicos, sociais e ecológicos do século 21, é muito gratificante”, conclui Maria.

A diretora enxerga, nesta próxima expedição, um potencial muito grande para uma internacionalização ainda maior da ACAE, que se torna cada vez mais capacitada a contribuir com a formação de mais grupos de todo o mundo que possam e queiram conhecer a Amazônia.

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