Refugiados Empreendedores: Sebrae e ONU lançam plataforma

Refugiados Empreendedores

A Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) passam a oferecer, por meio da plataforma Refugiados Emprendedores, cursos gratuitos para melhorar o desempenho dos negócios desta população no Brasil.

Os cursos oferecidos abordam temas como a definição dos perfis de empreendedores, capacidades de inovação, conhecimentos de marketing digital para vender pela internet, formação de preços condizentes com os negócios, controle da movimentação financeira, mecanismos de formalização do negócio e meios de acesso a crédito.

De acordo com dados do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), mais de 62 mil pessoas que vivem no Brasil são reconhecidas como refugiadas e outras 160 mil aguardam o reconhecimento desta mesma condição, buscando no país proteção e meios para seu desenvolvimento.

Grande parte dessas pessoas encontra no empreendedorismo uma forma de consolidar sua vida no país. A parceria entre o Acnur e o Sebrae busca desenvolver ações que capacitem os refugiados empreendedores, dinamizando seus negócios e melhorando a renda gerada por meio destas iniciativas.

O projeto

A plataforma Refugiados Empreendedores, que foi desenvolvida também com o apoio do Pacto Global, permite que refugiados que já são empreendedores ou que tem interesse em empreender no país, divulguem seus produtos e serviços além de acessarem cursos e materiais de capacitação, de forma on-line e gratuita.

O Sebrae é um parceiro da plataforma Refugiados Empreendedores e está atuando na mobilização de suas unidades estaduais onde há mais presença de pessoas refugiadas, como Roraima, Amazonas e São Paulo, para divulgar o projeto e oferecer capacitações locais.

De acordo com a analista da Unidade de Assessoria Institucional do Sebrae, Denise Forini, a instituição realizou uma curadoria de cursos que têm mais aderência para esse público, para que eles possam estar melhor preparados e se formalizar. Alguns destes conteúdos estão sendo oferecidos via Whatsapp.

“Estamos divulgando essas nossas capacitações, pois sabemos que elas são rápidas e fáceis de fazer e podem ajudar muitos refugiados que empreendem”.

Para esses cursos, os empreendedores devem apenas fazer um cadastro para passar a receber o conteúdo pelo aplicativo de mensagens, podendo concluir o estudo dos módulos nesse ambiente. Todos os cursos têm duração de 30 dias e carga horária de até 18 horas.

“Estamos criando também uma turma específica para refugiados no Up Digital, que é uma solução que ajuda os empreendedores a conhecerem e aplicarem estratégias e ferramentas de marketing digital em seus negócios. A primeira turma exclusiva para refugiados empreendedores deverá começar agora em dezembro”, comenta Forini.

Novos negócios

O Oficial de Meios de Vida do Acnur, Paulo Sérgio Almeida, constata que, no contexto da pandemia, cada vez mais pessoas refugiadas estão empreendendo no Brasil, gerando renda e contribuindo com as comunidades onde estão inseridas.

“Precisamos considerar o potencial de novos negócios que as pessoas refugiadas trazem consigo. Da mesma forma, elas precisam de apoio para a criação, manutenção e expansão de seus negócios e a plataforma Refugiados Empreendedores visa facilitar este processo. A parceria com o Sebrae vai nos permitir avançar ainda mais neste papel”, diz o especialista.

A plataforma Refugiados Empreendedores conta o apoio do Sebrae Nacional, Aliança Empreendedora, Migraflix, IFC (organização do Grupo Banco Mundial), Instituto Rede Mulher Empreendedora, Facebook, EY, Instituto Lojas Renner, Unidas e Estados Unidos.

(Via ONU Brasil)

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