Usina solar da UFPB utiliza Inteligência Artificial para otimizar tecnologia

Sistema movimenta os módulos solares em busca do melhor ângulo para otimizar a produção de energia
Sistema movimenta os módulos solares em busca do melhor ângulo para otimizar a produção de energia

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) expandiu a geração de energia solar em 2023, com a inauguração de mais uma usina fotovoltaica, agora no Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR).

A nova unidade conta com uma solução customizada baseada em Inteligência Artificial e se une ao sistema fotovoltaico já instalado em junho do ano passado no Centro de Tecnologia (CT), no Campus I da UFPB.

O projeto foi executado pela L8 Energy, empresa especializada na industrialização e distribuição de sistemas fotovoltaicos, em parceria com o Centro de Energias Alternativas e Renováveis da Universidade Federal da Paraíba (CEAR/UFPB) e a chinesa Huawei, e utiliza um sistema de rastreamento solar (tracker) desenvolvido por pesquisadores do CEAR/UFPB, que maximiza a captação da radiação solar nos painéis fotovoltaicos, posicionando-os para que fiquem sempre virados para o sol ao longo do dia.

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Para encontrar o melhor ângulo de posicionamento dos módulos, o sistema tracker utiliza ferramentas de Inteligência Artificial, que fazem o cruzamento das informações de geração de energia. “A planta da nova usina foi pensada para garantir o máximo aproveitamento de energia, com placas que se movem em direção à incidência dos raios solares, a partir de um sistema baseado em algoritmos desenvolvido por pesquisadores da UFPB e com a tecnologia da Huawei. Com isso, conseguimos otimizar a captação e gerar mais energia”, explica Guilherme Nagamine, diretor da L8 Energy.

De acordo com dados do CEAR, a usina, que está em operação desde o início deste ano, apresenta um desempenho maior do que os sistemas convencionais.

“Este equipamento é muito importante para o desenvolvimento de nossas pesquisas. Além de ser bastante inovador, observamos um aumento na geração de energia em dias nublados ou com chuva de até 6% em relação a outros sistemas fotovoltaicos”, destaca o professor Euler Macedo, diretor do CEAR e coordenador do projeto.

Potência e capacidade

A usina tem potência instalada de 241,8 kWp e capacidade de gerar até 520 MWh por ano, o suficiente para atender cerca de 280 residências. A instalação foi realizada em uma estrutura com módulos Tracker STI Norland, que recebeu 372 módulos Canadian de 650W cada. O sistema conta ainda com dois inversores da Huawei, empresa que fez o investimento necessário para o projeto, que foi gerido pela Fundação de Educação Tecnológica e Cultural da Paraíba (FUNETEC-PB)/Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

“Temos muito orgulho de participar deste projeto que uniu a nossa expertise em usinas solares, com a tecnologia da Huawei e a inovação dos pesquisadores da UFPB. O Brasil tem se destacado como um grande produtor de energias renováveis e um dos nossos pilares é participar deste movimento, buscando soluções de tecnologia que promovam o desenvolvimento sustentável, por isso buscamos sempre o que há de mais moderno no mundo em sistemas fotovoltaicos”, destaca Leandro Kuhn, CEO da L8.

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Entre as inovações trazidas ao Brasil pela empresa estão a telha solar L8, que pode ser integrada à construção, gerando energia ao mesmo tempo que faz a cobertura do imóvel e o filme fino flexível L8, que permite a instalação em superfícies irregulares, respeitando as características arquitetônicas. As duas soluções utilizam a tecnologia CIGS, que gera mais energia do que os módulos fotovoltaicos convencionais.

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