Artesãs gaúchas produzem bolsas com folha de butiá

Bolsa feita com folhas de butiá

Em três cores e diferentes versões, as bolsas feitas de folha do butiá ganham nova edição na Renner. As peças levam na etiqueta o Selo Re – Moda Responsável, e são desenvolvidas de maneira artesanal por meio do manejo sustentável das palmeiras, conduzido pela Apoena, uma rede feminina de artesãs de Giruá, na região das Missões, no Rio Grande do Sul.

No modelo transversal, as bolsas surgem em laranja, camel e lilás, acompanhadas de detalhes que se adequam às respectivas tonalidades. Estruturadas pelas palhas que se cruzam na trama, as peças recebem chaveiros de tecidos, alças de cordão bicolores com mix na cor branca e as pontas arredondadas.

De estilo democrático, possuem diversas possibilidades de uso, como crossbody, tiracolo e transpassado, e rápida combinação com o look pela cartela multicolorida.

As primeiras peças feitas com folha de butiá foram desenvolvidas no ano passado junto com uma das coleções capsula do Selo Re – Moda Responsável, que engloba as boas práticas da Renner no âmbito social, econômico e ambiental.

Com estas novas opções das bolsas, a Renner propõe uma reinterpretação da moda a partir do artesanato feito de forma sustentável e, sobretudo, simboliza os princípios da economia circular. Esse processo é garantido a partir do uso das folhas da palmeira, que retornam à natureza como adubo para a perpetuação da espécie e ressignificam os acessórios. As peças custam R$129,90 e já estão disponíveis no e-commerce da marca.

Processo artesanal

Criada em 2015 pela estilista Maiara Bonfanti, a Apoena fabrica em torno de cem bolsas por mês, em processo totalmente artesanal, informa Fernando Soares, do site Gaúcha ZH. Do plantio do butiá ao acabamento das bolsas, tudo é feito dentro da empresa. As palhas são obtidas a partir de 20 árvores próprias cultivadas para esse fim. No entanto, a empresa tem plantados outros 250 pés, aproximadamente, que devem estar aptos para o manejo nos próximos dois anos. A área, que não chega a um hectare, é certificada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

“Fazemos a colheita das folhas nos períodos de luas cheia e crescente. Retiramos, no máximo, 30% das folhas de cada pé, e para voltarmos na mesma árvore levamos três meses. Esse respeito (à recuperação dos butiazeiros) é fundamental para que o produto seja sustentável”, explica Maiara.

 

 

 

 

 

Este post tem sinergia com ao menos quatro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Para saber mais sobre os ODS, clique aqui.

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