Por ClimaInfo
Uma plataforma virtual aponta que 1.253 espécies dos sete biomas do país estão, atualmente, ameaçadas de extinção, correspondendo a 8,6% das espécies avaliadas pelo instituto.
O ICMBio lançou, recentemente, o Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade – SALVE. A plataforma, que pode ser acessada pela internet, mostra que 1.253 espécies dos sete biomas brasileiros – Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Marinho – estão na categoria de ameaçadas de extinção, em uma das três subclassificações de risco: vulnerável; em perigo; e criticamente em perigo, explica a Agência Brasil.
Caatinga abriga grande diversidade de fauna e flora
As espécies ameaçadas correspondem a 8,6% da lista total de 14.785 espécies avaliadas e catalogadas na plataforma.
Pior nível de ameaça
Dentre os animais em risco de extinção, há 364 espécies que estão “criticamente em perigo” – o pior nível de ameaça, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Entre elas estão animais emblemáticos da fauna brasileira, como o pica-pau-amarelo, o muriqui-do-norte, o aruá-do-mato, o sapo-folha, a tartaruga-de-couro, a jararaca-ilhoa e a ararinha-azul, lista o g1.
Um dos principais objetivos da plataforma virtual é facilitar a gestão do processo de avaliação do risco de extinção e tornar essas informações mais acessíveis, de acordo com o Estadão. A ideia, assim, é contribuir para a geração de conhecimento e a implementação de políticas públicas voltadas à conservação da biodiversidade.
Saiba quantos empregos podem ser gerados até 2030 com a preservação da natureza
Política pública
“Nosso objetivo não é simplesmente fornecer a informação, mas usá-la como instrumento de política pública, inclusive nas empresas, para evitar que haja espécies ameaçadas e principalmente espécies já extintas. Essa é a grande finalidade do qual esse trabalho aqui faz parte”, disse o presidente do ICMBio, Mauro Pires.
O SALVE foi desenvolvido por uma equipe coordenada pelo instituto, com apoio do “Projeto Pró-Espécies: Todos contra a Extinção”, e a participação de especialistas da comunidade científica. Até o momento, foram publicadas e disponibilizadas fichas de 5.513 espécies, mas a expectativa é ampliar esse número até o fim do ano.
